segunda-feira, 17 de junho de 2013

NOSSOS VINTE CENTAVOS



São muitos. A maioria são jovens, mas a regra, não é esta. Aqui está presente quem quer trazer a renovação. Não é nenhum trio elétrico, nem uma alegoria de carnaval e muito menos futebol. O que leva a multidão, a olho nú não se encherga, mas o coração sente. São os brasileiros que cansaram de ver um país com tantas qualidades físicas e econômicas, sendo engolido pouco a pouco por bocas corruptas.

Quando as ruas de São Paulo foram tomadas por um tsunami de pessoas que tinha nas faces estampadas a indignação e ao mesmo tempo na voz, o grito de esperança, o contraste de energias ecoou Brasil afora. Ações que fizeram muitas pessoas pararem para pensar.

Nosso país, é nossa família. Sempre reclamei que falta um pouco de patriotismo nos nossos cidadãos, incluindo eu mesma. Mas quando nascemos não escolhemos onde, nem quando, nem quem será nossos pais. E mesmo com os problemas, continuamos amando nossos familiares. Sempre vamos defendê-los. É este sentimento que temos que ter em relação à nossa nação. Vamos valorizá-la e isto vai refletir em nós mesmos.

Coinscidência ou coisas do destino, tudo aconteceu junto ao segundo maior evento do futebol no mundo, a Copa das Confederações. País do futebol? Por que não? Mas agora NÃO DÁ. Os jogos não estão tão interessantes quanto almejamos, afinal os R$200 de um ingresso representam 30% do salário mínimo do brasileiro. Além disso, muitos esperavam que os eventos esportivos dariam ao Brasil uma nova estrutura e não foi isso que vimos. Vimos estádios de primeiro mundo e a educação no penúltimo lugar de acordo com uma pesquisa feita em 40 nações, atrás de países como México, Argentina e Chile.

Agora, o grito não é para o Brasil ser o campeão do futebol, mas para ser um país que respeita seus cidadãos. Um país que dê orgulho para quem more nele, uma nação que encheremos a boca para falar bem dela e que defenderemos com unhas e dentes. Queremos um Neymar, um Fenômeno, um Ronaldinho Gaúcho que saiba driblar os problemas e administrar de forma justa um país que habita quase 200 milhões de pessoas.

Queremos novas escolas, melhores salários para professores e crianças que sonham em ser educadores. Escolas que enchem os olhos da molecada. Queremos o suficiente para a saúde, nada excessivo. Queremos que os nossos produtos saiam dos portos a tempo de chegarem sem perder a qualidade nos outros países. Queremos uma reforma tributária para valorizar os empresários e consequentemente os trabalhadores. Almejamos melhores estradas e um sistema de transporte ferroviário de carga para desafogar as estradas que matam diariamente milhares de brasileiros. Queremos melhores estradas.  E que a segurança seja resultado da educação. E que a educação seja uma forma de levar os brasileirinhos à formarem opinião por eles mesmos. Queremos uma polícia preparada. Isto são os nossos vinte centavos.


Hoje estou orgulhosa por ver o futebol virar coadjuvante e as manifestações protagonistas no país verde amarelo. 

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